É bom por vezes ter momentos de evasão da realidade dura que nos é mostrada, por exemplo através da televisão. Com a palestra gentilmente feita pelo Júlio Magalhães tive uma visão ainda mais realista, ainda que seja uma visão segundo os seus olhos. É uma realidade muito severa.
Os meios de comunicação não são mais do que “máquinas” a trabalhar no interesse dos grandes grupos económicos, que têm um único objectivo: OS NÚMEROS, O LUCRO, O DINHEIRO. Nem que tudo isto passe pelo choque de certas imagens, notícias em horário estratégico ou simplesmente pela manipulação em relação às crianças, que vai desde os brinquedos aos hábitos alimentares. O próprio jornalista descreveu isso com a simplicidade de quem lá trabalha, sem conseguir “despir a camisola” da empresa que representa. Conseguiu transmitir o verdadeiro stress em que vivem os profissionais da “caixinha mágica” para manipular as marionetas que somos todos nós nas mãos deles. Com muita naturalidade assumiu que noutros países se tivessem de descer as audiências, eles em tempo real alteram a grelha sem aviso prévio e o “burro come a palha que lhe dão”. É triste sermos tidos nesta conta. Se não dermos lucro, não temos opinião. Se não gostarmos de programas “de massa”, que chamam audiências, não temos direito a ver em horário nobre. Mas com tantos anos de trabalho na área é natural que fale desta forma. É a realidade do seu ambiente de trabalho e para o que é pago, provavelmente muito bem pago.
Também achei interessante o facto de Júlio Magalhães ter necessidade de ter actividades extra, sem terem nada em comum com a sua profissão, como jogar basquetebol ou escrever. Penso que é muito útil termos algo que gostemos de fazer para enveredarmos por aí quando abandonarmos a nossa profissão, para não nos sentirmos inválidos ou desorientados por nos faltar a rotina a que estamos presos. Outro ponto que achei muito interessante das suas palavras foi o facto de ele ter reconhecido que na vida foi um privilegiado. Soube aproveitar as oportunidades que a vida lhe deu. É um lema meu também, aproveitar as oportunidades na vida. Dizem que nada é por acaso, não sei se é ou não, mas por via das dúvidas aproveito sempre. Assim não me posso arrepender de lutar para conseguir uma vida melhor. Ele conseguiu, sem sequer ter concluído nenhuma licenciatura, não quer dizer que hoje em dia a realidade seja assim. No entanto, esta Nova Oportunidade vai ser a chave para um futuro melhor, disso tenho a certeza. Não sei se conseguirei ter o sucesso de Júlio Magalhães, mas hei-de ter sucesso na minha área com certeza. Isso posso dizer, pois depende de mim, e o que depende mim eu sou suficientemente exigente comigo própria para querer apenas o melhor!
Liliana Fonseca (EFA G.S.A)
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